Caro (a) aluno (a),

Caminhando ao seu lado, intermediando e auxiliando no que for possível  é que passaremos a dar continuação nas nossas leituras e acompanhamento aos conteúdos de Filosofia de maneira mais resumida contemplando a sequência  do programa a ser cumprido apenas a título de informação. Uma vez que sei das nossas limitações para avançarmos na busca do conhecimento de forma concreta e direta.

Avaliando melhor o que busquei fazer até aqui, achei por bem trabalhar com o uso de temas que constam no livro didático e outros a serem propostos, sem seguirmos a risca a maneira como se encontra exposto no livro, mas estarei passando pequenos textos do tema numa linguagem mais acessível acompanhado algumas vezes de vídeoaulas  e pequenas atividades.

O conteúdo será distribuído aos poucos a medida que for escalada as aulas nos cronogramas semanais.

Lembre-se: o seu esforço e a sua dedicação são os fatores mais importantes para o seu desenvolvimento e crescimento pessoal.

 

Bom estudo! Bom aproveitamento!


COLÉGIO ESTADUAL JOSÉ RIBEIRO PAMPONET

DISCIPLINA: Filosofia

 

O PROBLEMA DOS UNIVERSAIS: ( cáp 09 ) p.208- 219

Este texto pretende transmitir as principais ideias de um tema que foi discutido por muitos pensadores ao longo da história da Filosofia. Assim, considerando o fato de que a questão dos universais foi objeto de reflexão das obras de muitos filósofos cujos posicionamentos divergem, iremos transmitir apenas algumas bases referentes aos aspectos gerais desta temática. Este texto, portanto, é apenas uma introdução e caso o leitor deseje aprofundar-se no assunto, sugerimos a busca por livros específicos de determinados pensadores, sendo que entre os principais nomes que abordaram a questão dos universais em suas obras, encontram-se: Boécio, Abelardo, Platão, Aristóteles, Porfírio, Guilherme de Ockham, Tomás de Aquino, Roscelino e Guilherme de Champeaux. Ou também o próprio livro do aluno.

Os universais podem ser compreendidos como ideias gerais formuladas a partir de traços em comum que se encontram em determinadas coisas. Eles existem para classificar objetos e criar conceitos.

O problema que surge em torno da ideia dos universais pode, simplificadamente, ser colocado da seguinte forma: eles seriam apenas nomes ou coisas que realmente existem, de maneira independente? Esta pergunta implica que, ou os universais possuem existência real e são comuns para todos os indivíduos ou consistem apenas em objetos pensados. Neste sentido, ao longo da história da Filosofia, surgiu um embate entre duas possibilidades que se propunham a responder o problema dos universais: Realismo e Nominalismo. A primeira delas propõe que as coisas existem no exterior, independentemente do pensamento. O termo “Nominalismo” (do latim, “nomen”) foi criado por Roscelin de Compiègne. Essa linha de pensamento sugere que “os universais não são mais do que o significado dos nomes (…)”. (2001, p.30). Conforme Abelardo propôs de maneira bem resumida e esclarecedora: ou os universais são coisas ou são palavras

Os universais e os particulares são divisões feitas pela filosofia para facilitar o estudo dos mesmos, a categorização não visa um congelamento do conhecimento, apenas bases das quais pode se lançar novas teorias, seja as afirmando ou as negando.

As principais correntes filosóficas, no que concerne a questão dos universais, são três:

Realismo, nominalismo e idealistas.

Para os filósofos realistas, um universal é uma coisa, algo com existência real, embora imaterial. Platão foi um destes, defendendo a existência do Mundo das Ideias, habitado pelos universais, sua posição é conhecida como universalia ante res. De acordo com esta posição, os universais tem existência independente e são diferentes dos particulares que os instanciam. A posição de Aristóteles, por outro lado, conhecida como universalia in rebus, vê os universais como entidades reais, mas tendo sua existência dependente dos particulares que os exemplificam.

Os nominalistas irão defender que universais são apenas palavras e que nós humanos classificamos as coisas por suas propriedades, mas que na realidade não há universais. Esta corrente foi iniciada por Abelardo, no século XII, que defendeu que os universais seriam as palavras como portadoras de significado. A posição foi fortemente combatida por Tomás de Aquino, que formulou formas sofisticadas de realismo. Não obstante, o nominalismo permanece vivo e atual no debate acerca dos universais. A força do nominalismo está em sua simplicidade, pois é alegadamente capaz de explicar a realidade tão bem quanto o realismo, sem a necessidade de postular a existência de outras entidades. Seguindo assim de acordo com o princípio de simplificada conhecido como Navalha de Ockham.

Por sua vez, os idealistas defendem que os universais não são reais, mas apenas ideias na mente dos seres racionais. O filósofo alemão Immanuel Kant, por exemplo, defendeu que os universais não são apenas nomes arbitrários, como defendem os nominalistas, nem são entidades com existência independente, como querem os realistas. Para o idealismo, os universais são categorias fundamentais da razão, ou conceitos secundários derivados destas categorias. Para os idealistas o problema dos universais é epistemológico.

 

Indicação de vídeos sobre o assunto.

Abrir links: 

https://youtu.be/oc_nDSiDnr8

https://youtu.be/DprF3i6Cv1g

Comentários